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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Bolso

Pôs a mão no bolso. Havia algo ali. Mas era quase-líquido, de sorte que se tentasse, não segurava. Tentou. Não segurou. Aí o desespero se fez corpo, receptáculo da coisa que, liqueforme, agora era desespero também.

Ah, quando não possuimos o saber estamos diante do juízo final. E estamos condenados, certamente.
Afinal, o que era aquilo no bolso? Tomara que não fosse nada.

Tomara que não fosse ele mesmo.