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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

domingo, 23 de dezembro de 2012

No aeroporto

No aeroporto
Passa tudo
Menos o tempo
Morto

No céu
Não passa nada
Muito sonho junto
Mudo

No chão
Passo é tudo
Tempo e sonho
Morro e mundo

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Fotografia #3

Quando fazemos parte da história nos permitimos a melancolia secreta, para muito além da compartilhada. É como se quiséssemos, numa empreitada fútil contra o nosso ego, vangloriarmo-nos do prazer passado. E como ser humano, gosto de admitir que o sabor disso é admirável, talvez algo quase tão gostoso quanto a memória em si. É doer, as vezes, por viver um momento menos favorecido, ou é admirar a beleza do passado como uma obra de arte em desuso, mas com valor afetivo. É quase agridoce, é algo quase doce.

Espero que tudo o que passe saia de mim para admirar mais a frente, no caminho. É uma das formas de vencer a mim mesmo. E espero que tudo o que é belo permaneça, seja no momento, seja na memória do aprendizado.