Um homem satisfeito
é um homem morto
Se um dia peço algo a Deus
é na certeza de ter algo a pedir depois
pois me desespero se tudo tiver
tudo
acaba sendo
nada
domingo, 18 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Vera Fulô
Vera queria era ser livre de verdade
e então se soltou
feito pétala de dente-de-leão
voou.
Não encostava em nada
não havia preocupação
mas perdeu-se o sentido
não havia mais tato
olfato, paladar,
visão, audição.
Porque tudo o que vinha de fora a prendia
a movia em uma direção.
Perdeu-se o vento, perdeu-se o sol
Perderam-se isca e anzol
Perdeu-se o azul, o preto e o lilás
Vera era livre, agora, mais.
E um tanto de tempo depois
Vera, que já havia se esquecido de viver
se afogou em páginas sartreanas
e a mágica virou náusea.
Deitou-se à relva
e antes de partir, pensou em seus botões:
"Liberdade é mais do que se soltar
muito pelo contrario, liberdade é se atar
ao mundo,
a algo,
a quem eu quiser amar.
E o que resta da minha liberdade agora
é uma profunda solidão
e a consciência de não existir
pois não há quem me cheire
não há quem me assopre
não há"
E morreu, sem ninguém perceber.
e então se soltou
feito pétala de dente-de-leão
voou.
Não encostava em nada
não havia preocupação
mas perdeu-se o sentido
não havia mais tato
olfato, paladar,
visão, audição.
Porque tudo o que vinha de fora a prendia
a movia em uma direção.
Perdeu-se o vento, perdeu-se o sol
Perderam-se isca e anzol
Perdeu-se o azul, o preto e o lilás
Vera era livre, agora, mais.
E um tanto de tempo depois
Vera, que já havia se esquecido de viver
se afogou em páginas sartreanas
e a mágica virou náusea.
Deitou-se à relva
e antes de partir, pensou em seus botões:
"Liberdade é mais do que se soltar
muito pelo contrario, liberdade é se atar
ao mundo,
a algo,
a quem eu quiser amar.
E o que resta da minha liberdade agora
é uma profunda solidão
e a consciência de não existir
pois não há quem me cheire
não há quem me assopre
não há"
E morreu, sem ninguém perceber.
domingo, 4 de setembro de 2011
Retiro quem disse
Diz-se ser o humano estandarte
de quando com muita sorte
canta-se algo bonito: a arte
crava suas facas no ponto de corte.
E aí, ser humano não mais é:
deu lugar ao que já vinha ardente
lá do fundo plano da fé,
Que aparece e some-segue em frente.
Ser uma no peito,
palavra que desatine,
retine no oco perfeito.
E somos desse jeito:
instrumento de expressão
de muito maior sujeito.
(E esse poema segue...)
de quando com muita sorte
canta-se algo bonito: a arte
crava suas facas no ponto de corte.
E aí, ser humano não mais é:
deu lugar ao que já vinha ardente
lá do fundo plano da fé,
Que aparece e some-segue em frente.
Ser uma no peito,
palavra que desatine,
retine no oco perfeito.
E somos desse jeito:
instrumento de expressão
de muito maior sujeito.
(E esse poema segue...)
Assinar:
Postagens (Atom)