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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sorri

Eram muitos nomes. Muitas luzes. Cores. As coisas faziam sentido demais.

Uma perseguição policial, car chase, depois um corre corre pelos topos de prédios em uma favela sul-americana... o polícia perde o chão.

Literalmente
Agora o que era chão não existia mais. O polícia só flutuava diante daquela coisa que não sabia o que era.

Ele atira no pé. Põe a pistola na boca. Não havia resposta para o que era o que os seus pés pisavam.

- Pense você, numa coisa que não existe - disse polícia

- Eu não tenho coragem de dar nome a bois - respondi, diante da tela.
Como que o polícia falou com a pistola na boca?

O sangue do pé do polícia corria pelo

A torcida se dividia. Uns diziam:

A) QUE MERDA DE FILME É ESSE?

B) SE MATA LOGO, SEU MERDA!

Um mais esclarecido levantou uma dúvida:
C) SE ELE SE MATAR, ONDE SERÁ ENTERRADO?!

Um entendeu tudo:
D) EXCELENTE, EXCELENTE!!

Um coroa entendeu de verdade:
E) POLÍCIA, SEU POLÍCIA!

- Fala coroa! - disse polícia

- Chama de solo! - disse o coroa, que era geólogo formado.

Solo se materializou.

O sangue do pé do polícia corria pelo solo.

O esclarecido sanou sua dúvida. Os sedentos de sangue ficaram frustrados. Os exaltados se acalmaram. O que entendeu acha o diretor overrated. O coroa teve um infarto fulminante.

e eu, diante das cores, das luzes, dos nomes,
sorri.





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