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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sherlock, e suas Sherlouquices.



Sir Arthur Conan Doyle tem andado na minha cabeceira e na minha mochila ultimamente. Ele e os casos do detetive mais famoso do mundo, fruto de sua mente genial, o Sir Sherlock Holmes, juntamente com o seu inseparável amigo, quase um apêndice, o Dr. Watson. Muito me confunde e me intriga pensar que Sir Arthur tivera tanta criatividade e inteligência para escrever tantas deduções científicas baseadas na observação e interpretação de fatos corriqueiros, como o andar torto ou as calças e botas sujas de um criminoso qualquer. De Holmes eu invejo essa habilidade. Ele sabe de tudo mesmo que os outros tentem esconder os fatos por trás da normalidade, ele descobre, esmiúça cada detalhe numa mera visão de relance. Muito me chamou a atenção uma cena que Sherlock e Watson estão sentados à mesa, e rompendo o silêncio, Holmes dá uma opinião à respeito de algo que não fora dito à ele. Watson toma um susto e permite ao detetive expor como descobriu que o doutor havia sido convidado para escrever um artigo para o edital de um bazar no campus da sua antiga universidade, bazar esse que pretendia aumentar o campo de críquete.

Creio que Doyle tinha alguma espécie de problema com o seu personagem mais famoso. Em inúmeras entrevistas ele ridiculariza Holmes em relação às suas outras obras. Ele nutria certa antipatia pelo criminalista. As personalidades não batiam, ou qualquer coisa parecida, mas sei que foi o escritor que deu vida ao seu monstro, transformou Sherlock em uma pessoa de verdade, deu-lhe endereço em Baker Street e tudo o mais. Arthur recebia cartas destinadas ao detetive de pessoas ao redor do globo, e quando, em uma das suas histórias, o matou, recebeu uma carta que começava acusando-de "carniceiro", tal grande era o poder de influência do Sir Sherlock.


Muitos copiaram Conan Doyle, mas poucos conseguiram com sucesso. Um desses homens de sucesso, diria um Sherlock mais moderno, contemporâneo, é Patrick Jane. Patrick é personagem da série "The Mentalist", do Warner Channel, e posso dizer que Sir Arthur se orgulharia dele. Patrick tem todas aquelas 'Sherlouquices', e ainda tem uma pitada bem leve de Dr. House, com a sua simpática sociopatia. Recomendo a série, para os fãs do mistério bem tratado.


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