Se dizes a mim, por acaso,
pirraça ou ilusão:
- Faze da vida um limão!
ou qualquer coisa assim,
é porque tens pena de mim,
e do que recente passei.
Bater no meu ombro e consolar
nada faz, além de me breve-alegrar,
por saber que não estou largado só.
Estou largado em dois.
Dizes do limão e dos afins,
faz analogias fatais,
dignas do acaso praticado.
Agradeço-te mesmo assim,
mas da vida faço o que quero:
Um limão, um cifrão ou uma dor
qualquer amor...
Se vens refutar-me, dizendo:
- Da vida, o que se compara?
Respondo-te então,
com a força de quem mata um dragão:
- A vida a tudo é análoga!
Pois o que vivemos,
é vida.
quarta-feira, 31 de março de 2010
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