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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A jóia

Franco tomou sua xícara de café e olhou no além-mesa, parada numa dessas canecas que todos nós invejamos pela suavidade e sutileza de suas cores, uma mão que ostentava um anel singular. Não era um desses genéricos, com diamantes dispostos a esmo, sem pensar no futuro ou no passado. Era uma jóia meticulosamente forjada: Um enlace de ouro comum e branco, com uma sincronia inigualável. Causava a impressão de que a separação entre os metais nunca existira, que eles sempre estiveram assim dispostos, encaixados. De certo havia vezes em que se olhava para o anel, e não se podia perceber que eram dois tipos de ouro, mesmo que a cor fizesse esse detalhe aparente. Dois pequenos diamantes estavam encravados na parte superior, um em cada pólo do anel. A jóia era perfeita. A mão era perfeita. Era como se o anel tivesse sido feito para a mão, e a mão para o anel. Como se o ouro comum tivesse sido feito para o ouro branco, e o branco para o comum. Como se Franco se encaixasse em Júlia, e Júlia em Franco, e apesar das diferenças, eternizassem a união. Heterogênea, porém homogênea. Que jóia perfeita.

Um comentário:

Tiago Duarte Dias disse...

Curti, e deve ser carinha a tal da jóia :P