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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

domingo, 19 de outubro de 2014

Tremeluzir

As mágoas do saber são rubras.
Bom tempo pra estar na beira de um lago
E se ver.

Dura é a imagem espelhada.
É esquecer a lágrima,
Jogá-la ali
Pra deixar de ser
Virar lago,
Tremer quem sou
(Ou quem penso ser)

Manchar aos poucos a água
Com a minha própria consciência.
Gotas de sangue num plasma,
Luz que incide por trás,
Revela a noite em si:
As mágoas do saber são rubras.

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