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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Bangue-bangue

Sim, óbvio que negarei joão que aceitará luiza que o negará depois de perceber que ama pedro, mas esse não corresponde pois me ama e eu o aceito assim, o mato depois de amá-lo profundamente com todas as minhas forças de alguns meses ou semanas. Tenho certeza, mas não sei bem se é o que quereria minha mãe, afinal quão incoerentes são as pessoas, se ela quisesse que eu a obedecesse não me daria regras e o meu bom senso seria o meu guia e ela não precisaria de me bater tanto por tanta merda que fiz. Não há transgressão quando não há regra. E a regra de não haver regras já é transgressão, portanto, não podemos fugir da corrupção que nos foi imputada. Mamãe me deu regras, deu regras a pedro, a joão, a luiza, deu regras ao mundo, deu caixas, sapatos, roupinhas aos pobres e morte aos favelados, deu-me as cores as formas os nomes as dores os sentimentos as convenções. Lembro-me bem de pedro lá em casa antes de nos matarmos e a gente assistindo uns filmes de matar bandido e mamãe disse que bandido tinha tudo mesmo é que morrer, transgressores das regras morais, porque a gente tinha direito de viver bem, todo mundo tinha. Todo mundo tinha direito a viver, e amar, amar joão que amará luiza que amará pedro que amará a mim que amará a pedro e a joão, talvez ame até luiza se puder. Amar é bandidagem.

Um comentário:

Felipe disse...

Irado!
Lembrei da Elis cantando "minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais."
Será que também faremos regras e puniremos quem as transgredir? Dói perceber que a vezes ja fazemos isso ainda novos sem nem ter alguém pra regrar...
Mais vale seguir a regra do amor, que é boa, perfeita e agradavel!

Grande abraço!