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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tempo Vago

Bem, confesso que eu não sei
ao certo o que farei
sem ter você aqui.

Posso ser um campeão de bocha;
Posso ser fluente em finlandês;
Posso aprender que pedra é rocha,
deixar tudo claro de uma vez.

Posso perceber que o sol é puro,
e que os outros só tem dó de mim;
Posso descobrir que lá no escuro
é menor e é melhor assim.

A saudade eu não ousei guardar no bolso:
Joguei no mar.

Posso aprender corte e costura;
Posso me jogar de um trampolim;
Posso ler livros de capa dura;
Tatuar na pele um guaxinim.

Posso perceber felicidade
nessas coisas que ninguém mais vê.
Perder a noção da minha idade
Perder um programa de tevê.

É tanto tempo vago
e tanta opção!
Deixo a arte me guiar.

3 comentários:

Lucas Vale disse...

muito foda essa, cara!

mari_aylmer disse...

Dias sem pais em casa, livres para a Arte?! hahaha
boa sorte com a experiência!
=]
bjs

Bernardo Acácio disse...

Esse é um daqueles que eu gostaria d ter escrevido! Do estilo que eu mais gosto! Muito bom, sérgio!