Dobrei a vida em oito vezes
Como se fosse impossível.
Demorei em fazê-lo,
Mas fiz, enfim.
E agora estava dividido,
Descarnado, desguarnecido
De totalidade.
Desdobrei a folha:
Não havia nada escrito,
Mas havia marcado, ferido,
Na iminência de rasgar.
Mas viver desdobrado,
Mesmo que posto em perigo,
É grande opção que escolho,
Viver sem olvidar o vivido.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
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2 comentários:
Muito Bom!
É que quando a gente tá dobradinho num canto, tentando se esconder... Ele vem e cura o que dói, e dá a coragem de se abrir pra vida de novo..
Muito bom o texto!
Beijo
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