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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobre a vida e os desdobramentos dela

Dobrei a vida em oito vezes
Como se fosse impossível.
Demorei em fazê-lo,
Mas fiz, enfim.
E agora estava dividido,
Descarnado, desguarnecido
De totalidade.

Desdobrei a folha:
Não havia nada escrito,
Mas havia marcado, ferido,
Na iminência de rasgar.
Mas viver desdobrado,
Mesmo que posto em perigo,
É grande opção que escolho,
Viver sem olvidar o vivido.

2 comentários:

Carol da Matta disse...

Muito Bom!

mari_aylmer disse...

É que quando a gente tá dobradinho num canto, tentando se esconder... Ele vem e cura o que dói, e dá a coragem de se abrir pra vida de novo..

Muito bom o texto!
Beijo