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Nem sempre sou quem escrevo, mas sempre sou quem escreve.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Solidão na perspectiva de um numeral

Uma vez o Um,
ou um qualquer,
resolveu gritar ao mundo a sua indignação.
Era um só,
só um,
enquanto uns outros eram dois, uns três, ou até incontáveis.
Queria dizer ao mundo que abdicaria da existência:
Viraria então um zero.
Subtraiu-se o um,
anulou-se,
morreu.
Mas continuou sendo um, só,
Um zero!

3 comentários:

Bernardo Acácio disse...

De se pensar...
Taí aquela coisa de que para se negar a existência de algo é preciso considerar que exista o mesmo.

Muito bom! Mesmo!

Milena Leão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Milena Leão disse...

Me fez sentir parte dele, do um, ou seria do zero?